terça-feira, 26 de janeiro de 2010

24 horas para 65 anos

Arquivo da KGB diz que ao menos 4 milhões morreram em Auschwitz

Publicidade da Efe, em Moscou 
 
Arquivos do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antigo KGB) revelados nesta segunda-feira apontam que entre 4 e 6 milhões de pessoas foram exterminadas por oficiais nazistas no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
"Os fascistas não conseguiram destruir toda a documentação sobre Auschwitz. A comissão extraordinária que interrogou testemunhas e carrascos chegou à conclusão de que, em Auschwitz, morreram mais de 4 milhões de pessoas", afirma o historiador russo Vladimir Makarov, do Arquivo Central do FSB, à agência de notícias russa Interfax.
O depoimento do operário polonês Anton Honkish, obrigado por nazistas a trabalhar na construção de Auschwitz, diz que "no campo durante seu funcionamento foram exterminados pelo menos 6 milhões de pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos".
Makarov indicou que, segundo os arquivos do FSB, Auschwitz recebia em média dez comboios ferroviários com presos dos países ocupados por nazistas. Cada trem tinha entre 40 e 50 vagões e, em cada um deles, entre 50 e cem pessoas.
Dos prisioneiros que chegavam, 70% eram exterminados imediatamente. Os mais fortes tinha, a morte adiada para que trabalhassem em fábricas militares ou participassem de experimentos médicos.
Crematórios
A comissão soviética que investigou os crimes em Auschwitz constatou que, de 1940 até janeiro de 1945, funcionaram no campo cinco crematórios com capacidade de incineração de 270 mil corpos por mês.
Segundo cálculos de historiadores, nos cinco crematórios podem ter sido incinerados os corpos de mais de 5 milhões de pessoas.
Cada crematório tinha uma câmara de gás própria, mas, como a produtividade destas era consideravelmente superior, os corpos também eram incinerados em enormes fogueiras.
Além disso, em Auschwitz funcionavam outras duas câmaras de gás com capacidade conjunta de matar 150 mil pessoas por mês.
A Polônia lembra, em 27 de janeiro, 65 anos da libertação pelo Exército soviético do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, transformado em museu em 1947 e, 30 anos mais tarde, declarado patrimônio da Humanidade pela Unesco. (grifo meu).

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