quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FL/UFG Repudia política de educação, avisem Raquel Teixeira que...

... que nem seu antigos pares coadunam com suas trapalhadas na pasta da Educação estadual. 

O coletivo de docentes da Faculdade de Letras da UFG, aprovou uma MOÇÃO DE REPÚDIO aos demandos e equívocos do governo de Goiás, nesse ato representado pela secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira. Não se atentam que uma das principais universidades federais do país, vem aprovando sistematicamente notas de apoio ao movimento estudantil, moções de repúdio aos atos de privatização da gestão de escolas e militarização de tantas outras (com cobrança de mensalidades e outros recursos).

"Esta ação é considerada pela Faculdade como uma forma de desvalorização da carreira de professor e coloca em risco programas sérios de politicas educacionais no Estado, além de por em risco os cursos de Licenciaturas." (www.goiasreal.com.br)

Até quando esse governo anti-democrático manterá esse discurso e prática contra a educação pública do Estado de Goiás?


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Mestrado Interdisciplinar em História e Letras - UECE



Para quem está no Nordeste ou em qualquer outro lugar do país, em 2016, mais um mestrado aprovado pela CAPES. Estamos falando do Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em História e Letras da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), unidade acadêmica da Universidade Estadual do Ceará (Uece) em Quixadá.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

FE/UFG torna público sua posição contrária às OSs e Militarização das escolas em Goiás

A Faculdade de Educação da UFG, entregou nesta quarta (23/12) sua posição acerca da política de privatização da gestão escolar e militarização de escolas públicas da rede estadual de Goiás, através de um documento que você poderá lê-lo na íntegra aqui no blog.

Esta instituição de ensino superior, responsável pela formação de milhares de professores no âmbito da graduação, lato e strito sensu há décadas, toma posição a favor da democratização da gestão e do cumprimento dos aspectos legais previstos tanto na LDB 9394/96, quanto da própria CF 1988.

No orgulha confirmar esse posicionamento que os corredores dessa casa afirma e confirmar em seu cotidiano das práticas formativas.

Vamos ao conteúdo do documento! Clique nas imagens e salve em seu arquivo para ler a qualquer hora.






quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

II ELPED - IF Goiano / Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação/2016



Foram abertas as inscrições para participação no II Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação (Elped) do IF Goiano.

O evento acontece entre os dias 31 de março e 1 de abril de 2016, no Câmpus Urutaí, onde será discutido o tema: Práticas Pedagógicas e Currículo: Abordagens para o Ensino das Ciências. 


Inscrições para o evento: até 24 de março de 2016
Período de submissão de trabalho: até 31 de janeiro de 2016
Valor da inscrição: 
de 31 de outubro de 2015 a 31 de janeiro de 2016 - R$ 30,00
de 01 de fevereiro de 2016 a 24 de março de 2016 - R$ 50,00

Obs.: A inscrição para oficina e a submissão de trabalho, poderá ser realizada 7 dias após efetuado o pagamento (Confira Normas de inscrição)

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: confira aqui

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

FEFD/UFG - NOTA DE APOIO AO MOVIMENTO SECUNDARISTA GOIANO

NOTA DE APOIO AO MOVIMENTO SECUNDARISTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PELO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS 

O Conselho Diretor da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD) da Universidade Federal de Goiás (UFG) manifesta seu apoio ao movimento secundarista de luta em defesa da escola pública, da gestão democrática, da transparência na administração dos recursos da Educação do Estado e repudia a política de educação que transfere a responsabilidade administrativa das escolas do Estado de Goiás para empresas denominadas de organizações sociais e para a polícia militar. Essas ações colocam em risco os princípios da Constituição Federal, em seu artigo 37, que estabelece as diretrizes da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, à medida que a terceirização permite a contratação de professores sem garantias de estabilidade, valorização salarial e formação adequada. O regime de contrato temporário ou pela CLT coloca em risco o exercício da liberdade de expressão e em consequência a qualidade do ensino e da defesa do interesse público na gestão da educação, além de provocar o medo e a insegurança nos professores, coordenadores, diretores, estudantes e pais, pois se perdem a estabilidade e as garantias legais de que os servidores públicos adquiriram ao longo das últimas décadas. Coloca-se em risco também os princípios do respeito à liberdade e do apreço à tolerância, ao pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; a valorização do profissional da educação escolar e gestão democrática, previstos no art. 3 da LDB. Repudiamos as tentativas de criminalização dos movimentos secundarista, de professores e de técnicos em educação, assim como as agressões e perseguições daqueles que lutam pelo estado democrático de direitos. 
Goiânia, 17 de dezembro de 2015. 
Conselho Diretor da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG


1º Encontro Pedagógico - SIMSED/Comando de Luta

Olá pessoal,

Divulgando que estão abertas as inscrições para o 1º ENCONTRO PEDAGÓGICO SIMSED/Comando de Luta com o tema: "Na luta por uma educação transformadora".
 
O evento está sendo realizado pelos trabalhadores da RME-Goiânia em parceria com a UFG e acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de janeiro, na Faculdade de Educação da UFG. 

Mais informações acesse o site do evento CONFIRA AQUI



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Nota Pública da UFG, mas poderia ser nota de repúdio!!!

E aí?
Qual outra Universidade vai se posicionar frente às atrocidades administrativas/políticas que o governo de Goiás está impetrando contra os professores, alunos e comunidade em geral?

Notas de Repúdio pelos Conselhos Diretores das Unidades Acadêmicas da UFG também podem engrossar esse caldo!!!!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Audiência Pública/Revisão das Diretrizes para curso de graduação em Educação Física 11/12 - DF

Caro(a) Professor(a) de Educação Física

O blog do Sérgio Moura, tem a honra de divulgar e estender o convite para que você possa participar da Audiência Pública sobre a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para curso de graduação em Educação Física que será realizada no dia 11 de dezembro de 2015, sexta-feira, das 9h às 13h, no Plenário Anísio Teixeira, Edifício Sede do CNE, em Brasília-DF.

Para participar, você precisa se inscrever. E para inscrever basta enviar seu NOME COMPLETO pelo endereço eletrônico cneeventos@mec.gov.br

As manifestações expressas na Audiência Pública, faz-se necessário o envio de solicitação de intervenção para o endereço eletrônico cneeventos@mec.gov.braté o dia 9 de dezembro de 2015. Os inscritos dessa forma terão prioridade, pela ordem, à manifestação na Audiência.

As manifestações de não inscritos serão admitidas, pela ordem, na medida do tempo disponível restante da audiência.

Comunicaremos em breve a disponibilidade do documento-referência na página do CNE na internet.

Fonte: Secretaria Executiva do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/DF

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Concurso Público - Efetivo FEFD/UFG

Concurso (Edital 63/2015) para provimento do cargo de Professor da Carreira do Magistério Superior na Universidade Federal de Goiás (UFG) - Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD).
ÁreaPedagogia do Esporte: ênfase em Voleibol e Handebol.

Formação exigida Graduação em Educação Física ou Esporte e Doutorado em qualquer área do conhecimento.

Período de Inscrições - 11 a 30/11/2015
 
Acesso e download do edital e normas complementares AQUI

domingo, 8 de novembro de 2015

Na Saúde também tem concurso - Anápolis/GO


Serão 250 vagas distribuídas entre os cargos de nível fundamental, médio e superior. As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela internet no site www.funcab.org a partir de 07 de Dezembro de 2015. As provas estão previstas para os dias 24/01/16 e 21/02/16. Isso permite a inscrição em mais de um cargo.

Para taxas, vencimentos e demais informações acesse o EDITAL AQUI

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Concurso professor efetivo IFG várias áreas

Está terminando o prazo de inscrições para o concurso para professor efetivo do IFG.

Acesse o edital, vagas e inscreva-se.

01 vaga para Educação Física em Luziania-Go
02 vagas para Dança em Aparecida de Goiânia.

sábado, 24 de outubro de 2015

Concurso UFFS - 28 vagas área médica

Estão abertas as inscrições (21/10) até 08/11 para o concurso público em várias áreas do conhecimento, para os campi Passo Fundo e Chapecó da UFFS, em regime de 40 horas (dedicação exclusiva) e 20 horas semanais.
As inscrições estão disponíveis através dos endereços https://concursos.uffs.edu.br e preencher o requerimento de inscrição, efetuar o pagamento da Guia de Recolhimento da União e enviar para o e-mail inscricao.concursos@uffs.edu.br o comprovante de inscrição e o comprovante de pagamento da GRU até o dia 9 de novembro.
Para mais informações, acesse aqui o edital de seleção

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CONCURSO PÚBLICO PARA IF/GOIANO.

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO.

Período de inscrições 20/10 a 08/11/2015


Acesse o edital confira aqui

Eventos na ESEFID/UFRGS 75 anos

Ajudando a divulgar os eventos que acontecerão em novembro na UFRGS, pela comemoração dos 75 anos da ESEF.


Dias 03 e 04 de Novembro - I Seminário Internacional de Saúde e Movimento: http://www.eventick.com.br/seminariosaudeemovimento

Dias 04 a 06 de Novembro - Simpósio Internacional Corpo, Educação e Possibilidades: http://www.ufrgs.br/esef/eventos/scep

Dias 11 a 14 de Novembro - Diálogos Internacionais sobre Esporte, Lazer e Educação Física: http://www.ufrgs.br/esef/eventos/dielef

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

I Semana de Arte Popular GO 9-14 nov


Os estudantes e professores do Brasil deveria se posicionar

Na contramão da real demanda popular, o governo do Estado de São Paulo, com mão de ferro atenta contra o direito da juventude de ter um lugar para estudar e construir sua juventude com seus pares.



Rap "Não feche a minha escola governador"

Está na hora de abrir a boca e o coração contra política de fechar escolas de Alckimin em SP

Contra a política anti-democrática e a favor da precarização do ensino público em São Paulo, alunos de uma reagem, mas é preciso muitas mais reações, em muitas escolas paulistas. Mas em muitas escolas brasileiras mandando recado solidariamente aos estudantes paulistas.

Está na hora de abrir a boca e o coração!!!! Alunos, professores, UNÍ-VOS!!!





https://youtu.be/T7MUd11laTI

Concurso Sec. Educação do DF: Vagas nível médio e superior / professores com ganhos de até R$ 4.076,99

Assim que o edital for lançado o Blog do Sérgio Moura vai trazê-lo para os interessados em trabalhar e viver no DF ou Entorno do DF.



Em breve será publicado o edital de abertura do novo concurso público para o quadro de pessoal da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF). O órgão já elabora o projeto básico para enviar propostas as possíveis bancas organizadoras. Na última quarta-feira (12/08), em publicação no Diário Oficial do DF, foi anunciada a seleção que preencherá vagas, bem como formará cadastro de reserva, em cargos de níveis médio e superior para as carreiras Magistério Público e Assistência à Educação do Distrito Federal. O vencimento padrão para a carga de 20h semanais é de R$ 2.508,26, podendo chegar a R$ 4.514,87, para carga de 40h semanais.

Fonte: site de concurso Gran Cursos Online Blog

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Mercado, mercadoria, mercadoriável, Mercadante na Educação de novo?

Fica, a cada ministro trocado, a certeza de que não temos no campo da política ninguém adequado, habilitado, qualificado e nem que tenha bom senso, para executar uma política educacional para a classe trabalhadora. Pense em qual a lógica que sustenta esses caras no poder? É a mesma que as empresas privadas e grandes conglomerados educacionais defendem, só que em conjugações de tempos diferentes. Tem reformador empresarial mexendo peças no tabuleiro agora, pensando no CHEQUE-MATE no futuro, não tão distante assim.

As palavras de Mercadante... (Mercadante lembra mercado, mercadoria, mercadoriável... hummm!!!) 

"Enquanto o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] não avançar, nada de capoeira. O Mais Educação tem que focar em matemática e português." (educacao.uol.com.br)

... No mínimo, deveria ter o bom senso, a ética, a vergonha, o brio de não se referir a outros conteúdos que a escola ensina, já que eles não acreditam que tais conhecimentos sejam importantes para a formação do indivíduo e que apenas matemática e língua portuguesa é que interessa. Afinal, o mercado para absorvê-los, os trabalhadores/trabalhadoras não precisam ter outras habilidades e capacidades intelectuais/corporais/afetivas/emocionais/cinestésicas, etc., basta ler, escrever e fazer operações aritméticas. SQN!!!!

Não é possível pensar em melhoria da qualidade da educação pensando que a escola se resume aos conteúdos de matemática e língua portuguesa. Essa é a maior falácia dos últimos tempos e que há muita gente para repetir esse discurso como se fosse "os papagaios pedagógicos" da vez que querem ficar bem na foto dos reformadores empresariais.

Muita coincidência os reformadores empresariais anunciarem pesquisa equivocada (porque emite juizo de valores sem utilizar todas as variáveis) sobre o desempenho do programa Mais Educação. (notícia citada abaixo)

Esses caras querem o fim desse programa, para que o ensino público fique cada vez mais sucateado e em pouco tempo, comecem a inserir as linhas do programa privatista educacional que já está em curso em outros países como as escolas charters nos Estados Unídos, Chile, entre outros e que já disse o fracasso que estão produzindo, porque desresponsabiliza o Estado e individualiza (privativa) a responsabilidade ao pai e mãe que escolhe a escola e paga com o voucher.

Enquanto o país, o governo federal não assumir a paternidade da educação pública não há Mais Educação que vai dar conta do recado. O significa assumir a paternidade da educação pública no Brasil? Significa:

- reduzir o pagamento dos juros da dívida;
- fazer uma auditoria da dívida interna e externa e transferir menos ou nada aos donos do capital especulativo;
- reconhecer e assumir a precariedade que Estados e Municípios enfrentam e investigando e punindo a corrupção dentro dos programas nas prefeituras;
- investir sem rodeios no pagamento de uma melhor e maior salário às professoras e professores da educação básica e ensino superior;
- isentar professoras e professores de todos impostos que incidem sobre seus salários, equipamentos e materiais necessários ao exercício profissional e tratamento isonômico dentro de cada carreira em seus respectivos projetos de valorização docente.
- tem muito mais...


"Enquanto o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] não avançar, nada de capoeira. O Mais Educação tem que focar em matemática e português." (educacao.uol.com.br)

"O anúncio de Mercadante ocorre após a apresentação, nesta segunda, do estudo Programa Mais Educação – Avaliação de Impacto e Estudo Qualitativo, feito pela Fundação Itaú Social e Grupo Banco Mundial. Entre as conclusões está a de que o programa não melhora o desempenho dos alunos em português nem em matemática, e não tem impacto na taxa de abandono escolar." (ultimosegundo.ig.com.br)

Mestrado em Engenharia Agrícola - UFMT/Rondonópolis


O nosso blog hoje faz uma publicação para contribuir com o pedido de uma nova amiga na UFMT. Divulgamos a abertura de Edital de Seleção para o Mestrado em Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Campus de Rondonópolis. E pedimos que você compartilhe em suas redes sociais com seus amigos da Ciências da Terra.

As inscrições já estão abertas e vão até dia 06/11/2015.

Prova Escrita: 16/11/2015 e a Arguição: 25/11/2015.

Para mais informações e inscrições acesse o edital na íntegra CONFIRA AQUI

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Trabalhadores da Educação, discriminação na pauta da universidade pública brasileira

O Blog do Sérgio Moura se vê na obrigação de ajudar a dar visibilidade a um episódio no mínimo lamentável e que deveria estarrecer e incomodar até os mais insensíveis no campo da literatura e da vida cotidiana em geral.

Fica aqui o registro, a indignação e o questionamento à autoridade que pode decidir sobre isso, como também a nossa solidariedade à Profa. Diana Soubihe Assunção (foto). Abaixo transcrevemos a carta pública da professora.


Nesta semana o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP retirou da base "produção intelectual" algumas publicações de uma trabalhadora da USP que se encontram na Biblioteca da Faculdade de Educação. As publicações são "A precarização tem rosto de mulher" (volume 1 e 2), "Lutadoras - Histórias de mulheres que fizeram história" e o prólogo do livro "Mulher, Estado e revolução". O motivo? O fato da trabalhadora ser nível básico, o que pelo regimento da USP leva a não reconhecer sua produção intelectual. Sim, pelo regimento da USP um trabalhador nível básico não é capaz de produzir intelectualmente. A trabalhadora em questão é Diana Soubihe Assunção, diretora do Sintusp e conhecida militante dos direitos das mulheres e dos trabalhadores, historiadora formada pela PUC-SP e trabalhadora nível básico da seção de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da USP. Publicamos abaixo sua carta pública.
Nesta semana fui surpreendida com uma informação inesperada no Sistema Dedalus. Os cadastros das publicações que doei para a Biblioteca da Faculdade de Educação da USP foram alterados pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Eles retiraram o cadastro da base de "produção intelectual". Vou relatar aqui nesta carta um pouco da trajetória destas publicações, mas também o quão assustador é o motivo dessa "simples" mudança do cadastro.
Já há vários anos tenho levado adiante muitos estudos sobre o tema da mulher na perspectiva do marxismo. Isso resultou em alguns projetos onde estive envolvida não somente na produção mas nas elaborações. Em 2008, com as Edições ISKRA, organizei a versão brasileira do livro"Lutadoras - Histórias de mulheres que fizeram história". Além de ter elaborado o prólogo deste livro, também escrevi um dos capítulos sobre a jornalista Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu. O livro teve como objetivo retratar a história de mulheres rebeldes e lutadoras que muitas vezes são apagadas dos currículos nas universidades. Os capítulos retratam a história de mulheres como Flora Tristán, Louise Michel, Rosa Luxemburgo, Clara Zetkin, Carmela Jeria, Lucrecia Toriz, María Cano, Marvel Scholl e Clara Dunne, Genora Johnson Dollinger, Natalia Sedova, Pen Pi Lan, Mika Etchebéhère, Nadehzda Joffe, Edith Bonne, Patrícia Galvão, além de um anexo sobre a luta das mulheres brasileiras no ascenso operário entre 1978 e 1980.
Em 2011 organizei uma nova publicação chamada "A precarização tem rosto de mulher", que teve 2ª edição em 2013. O livro foi escrito por mim, com ajuda de uma equipe, e o prólogo também é de minha autoria, em ambas as edições. O livro conta a verídica história das greves das trabalhadoras terceirizadas da USP, tendo sido não somente um livro de cabeceira para várias trabalhadoras como um instrumento de organização contra o trabalho precário. Sobre este livro, vários intelectuais emitiram opiniões. Beatriz Abramides, da Associação de Professores da PUC-SP declarou que o livro é "um rico e valoroso instrumento para o projeto socialista de emancipação humana". Jorge Luiz Souto Maior, juiz do trabalho e professor da Faculdade de Direito da USP disse que é "um livro que cria consciência de classe". Ricardo Antunes, sociólogo e professor da Unicamp considerou o livro "uma iniciativa muito importante". Claudia Mazzei Nogueira, professora da Unifesp da Baixada Santista declarou que "este livro é um exemplo para as próximas lutas de terceirizados". Paula Marcelino, professora das Ciências Sociais da USP, considerou "um acerto a escolha do tema da precarização, se trata de um livro militante".
Em 2014 organizei junto com a Boitempo Editorial a edição do livro "Mulher, Estado e revolução", da historiadora norte-americana Wendy Goldman, inédito no Brasil. O prólogo do livro é de minha autoria. Foi um dos 10 livros mais vendidos na Feira de Livros da USP, e teve alcance nacional saindo em dezenas de revistas, jornais, etc. Além destes livros publicados, tenho dezenas de elaborações sobre variados temas, como uma elaboração sobre "Quem são as mulheres da USP" em contraposição ao livro de Eva Blay e Alice Beatriz da Silva Gordo Lang que contam apenas uma parte - branca e de elite - das mulheres da USP. Elaborei sobre a combatente da Comuna de Paris Louise Michel, publiquei resenha sobre o livro "A família e o comunismo", que é uma compilação de textos de Alexandra Kollontai e recentemente elaborei prólogo da compilação "Trotski e a luta das mulheres", da Centelha Cultural, que em breve pretendo também doar para o acervo.

Os livros citados fiz questão de doar para a Biblioteca da Faculdade de Educação, que é onde trabalho. E esta semana tomei conhecimento que o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP decidiu alterar o cadastro destas publicações retirando da base de "produção intelectual". O motivo é o mais assustador: é porque sou trabalhadora nível básico. O regimento da USP, através do SIBI, não considera possível que um trabalhador ou trabalhadora nível básico possam produzir intelectualmente. E se produzirem, como é meu caso, não vão reconhecer. Então ordenaram retirar, e retiraram. Me chama atenção que frente a isso a chefia do SIBI não pare para refletir "já que há uma trabalhadora com produção intelectual, será que não há algo de errado com o regimento?". O contrário disso foi o que ocorreu, e a partir de agora, mesmo tendo organizado e publicado três livros, para a USP isso não é "produção intelectual". As publicações foram mantidas na base "livro", mas por que essa diferenciação? Porque os livros de um docente, ou até mesmo de um trabalhador nível superior são considerados "produção intelectual" e os meus não são, simplesmente porque sou trabalhadora nível básico? Quando a diferenciação se dá por uma questão de classe, isso se trata de preconceito, e não "padronização".
Então, quando falamos do elitismo da USP, às vezes pode parecer uma frase de efeito. Mas na maioria das vezes somos pegos até mesmo de surpresa por este tipo de preconceito institucional. É a imposição da divisão entre trabalho intelectual e trabalho braçal, como se os trabalhadores de nível básico não fossem capazes de pensar. É aquela vertente da história onde é preciso sufocar a história dos oprimidos e explorados. Algo bastante sintomático pra um espaço que se diz produtor de conhecimento. Mas qual conhecimento produzem e para que? Hoje a USP me disse, com esta atitude, que não tenho intelecto. E não tomo isso como uma acusação individual, mas como um ataque coletivo a todos os trabalhadores nível básico da Universidade, e mais amplamente de outros locais de trabalho.
Por tudo isso que é inadmissível este ocorrido. Uma mostra cabal do enorme preconceito social que reina dentro da USP. E é também por isso que, mais uma vez, não poderei me calar. Exijo imediata explicação do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP e exijo não somente que o cadastro de minhas publicações possa ser retornado à base de "produção intelectual", como que qualquer trabalhador ou trabalhadora nível básico tenha o direito de ser reconhecido seu "intelecto" quando quiserem escrever com as próprias palavras as suas histórias, a história dos explorados, ou o que bem entenderem. Ao mesmo tempo, faço um chamado aos professores, estudantes e trabalhadores da USP a não permitir que este preconceito intelectual contra os trabalhadores da USP seja levado adiante, apoiando esta luta que neste momento passa por não aceitar esta absurda diferenciação nas publicações de minha autoria.
Diana Assunção


I Seminário Internacional Saúde e Movimento - 3 e 4 Novembro / Porto Alegre



Entre os dias 03 e 04 de novembro de 2015 acontece o I Seminário Internacional Saúde e Movimento, no Salão de Atos II da Reitoria da UFRGS. O evento tem por objetivo contribuir para o diálogo no campo da promoção da saúde, especialmente em relação à construção de políticas públicas de saúde, a partir da imagem conceitual das práticas corporais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A programação conta com palestras de convidados internacionais de dois países (Itália e Reino Unido) cujos estudos contribuem para o aprimoramento das práticas de cuidado em saúde em relação às diferentes intervenções das Práticas Corporais e suas relações com o contexto social.


Fonte: site do evento.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Boletim Semanal - Pensar a Educação em Pauta



Assine o boletim Pensar a Educação em Pauta e acompanhe muito do que tem sido pesquisado, discutido e problematizado sobre a Educação no Brasil. 

O Boletim Pensar a Educação em Pauta divulga textos inéditos sobre relevantes temas da educação. Além de reunir e disponibilizar as principais notícias do Brasil e América Latina,  ciência e tecnologia e pesquisa educacional.

Seleção de Mestrado em Educação Física - ingresso 2016 UPE/UFPB

Está aberto pela coordenação do PAPGEF UPE/UFPB o processo seletivo para ingresso de discentes no curso de mestrado em Educação Física do PAPGEF UPE/UFPB.
Acesse o Edital clicando AQUI.

Neste ano, todo o processo seletivo será realizado no DEF/UFPB, onde também serão realizadas todas as provas. 
Mais informações sobre os orientadores podem ser obtidas no site do Programa.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Seleção para Mestrado em Ciência Política - 2016

Estão abertas as inscrições para ampla concorrência e vagas de ação afirmativa destinadas a indígenas e negros ao Mestrado em Ciência Política.


Mais informações confira o edital para a seleção dos alunos que ingressarão no mestrado em 2016. As inscrições ficam abertas entre 12 e 26 de outubro de 2015, das 09h00 às 11h30.

sábado, 26 de setembro de 2015

Direção Nacional do CBCE repudia ações do cref/confef-SP

O blog do Sérgio Moura exalta os companheiros da Direção Nacional do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, gestão atual pela objetiva, concisa e correta nota de repúdio produzida. E afirmamos que outros Estados da federação sofrem com a covardia e a truculência de tais mandos. 

Professoras e Professores, avante! Uní-vos!!!


NOTA DE REPÚDIO AO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 04/SP
Editoria: Diretoria Nacional 
Data: 24/09/2015
Nós, membros do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, reunidos durante o XIX CONBRACE, repudiamos veementemente as ações violentas e despropositadas que o Conselho Regional de Educação Física – 04/SP, por intermédio de seus fiscais, vêm impetrando contra professores concursados ou contratados em plena conformidade com a legislação trabalhista e educacional. Nosso coletivo, composto por educadores comprometidos com a democratização da escola e dos conhecimentos relativos às práticas corporais, considera as investidas desse órgão uma ameaça à docência e à liberdade, pois se baseiam na criminalização do fazer pedagógico desenvolvido por educadores cujo trabalho é reconhecido e valorizado em suas comunidades. Essa postura faz lembrar de práticas autoritárias e ditatoriais da pior espécie. Ademais, a concepção de Educação Física escolar que esse órgão defende, registrada no documento “Recomendações para a Educação Física Escolar” (CONFEF, 2014), é retrógrada, anacrônica e afastada do que hoje se faz nas escolas e completamente divorciada dos conhecimentos produzidos pelas pesquisas realizadas no campo. Se esse órgão, que não nos representa, quer realmente ser útil àqueles que trabalham na educação, sugerimos que se mantenha distante do ambiente escolar. Na opinião deste coletivo docente, sua existência, além de desnecessária, é um risco à qualidade do ensino.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ofício da ANPEd para Presidenta Dilma Rousseff sobre junção de Capes e CNPq

Excelentíssima Senhora
Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF 
Presidência da República
-
Senhora Presidenta,
As notícias veiculadas pela imprensa nas últimas semanas giram em torno das especulações sobre o enxugamento da máquina estatal brasileira. A despeito da necessidade evidente de redução de gastos públicos, em especial com a extinção de cargos comissionados, causa-nos profundo estranhamento quando tais especulações envolvem proposta de junção de órgãos de estado, constituídos há décadas, em ministérios distintos, com missões específicas, ligado um ao aperfeiçoamento e formação de pessoal de nível superior e, outro, à produção científica e tecnológica e disseminação do conhecimento.
Reiterando a posição contrária das demais associações científicas à junção de Capes e CNPq, a Associação Nacional de Pós- graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) entende que tal possibilidade desconsidera as especificidades destes órgãos e sua importância, no âmbito do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, respectivamente. Para além do papel de fomento, a Capes e o CNPq têm assumido, na última década, papel fundamental como articuladores da política nacional de formação e aperfeiçoamento dos profissionais de nível superior e da política nacional de pesquisa e inovação tecnológica.
Por fim, esta associação científica, que congrega a maioria dos pesquisadores e programas de pós-graduação em educação, vem a público manifestar sua preocupação, em particular, com a garantia ou com os prejuízos aos processos de aproximação entre a pesquisa realizada no âmbito da Graduação e Pós-Graduação e a Educação Básica pública. Compreendemos que, neste contexto de exigências do cumprimento do Plano Nacional de Educação, Lei 13.005/2014, qualquer redução de pessoal e recursos, resultantes do enxugamento destes dois órgãos em questão, compromete sobremaneira o alcance das metas previstas neste plano e inviabiliza o salto importante que a educação pública brasileira precisa dar, na próxima década, em relação ao acesso e à qualidade da oferta de educação básica e superior públicas do país.
Solicitamos os esclarecimentos públicos a respeito das especulações em pauta e reiteramos nossa compreensão de que a redução dos gastos públicos, que já atingem gravemente as pastas da educação e da ciência e tecnologia, não pode comprometer ainda mais estes setores tão estratégicos na consecução de uma Pátria Educadora.
Atenciosamente,
Maria Margarida Machado
Presidente da ANPEd
Gestão “Democracia e Participação na Pós-Graduação e Pesquisa em Educação” (Biênio 2013- 2015)
C/C. Ministro da Educação e Ministro da Ciência Tecnologia e Inovação
Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2015.