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domingo, 30 de setembro de 2012

Carta aberta ao Conar - no ponto certo

Não deu para resistir e trouxe na íntegra a carta aberta ao Conar, publicada no Infância Livre de Consumismo.


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Carta aberta ao Conar - A melhor piada da propaganda*

Publicitários, ouvimos falar que os senhores reclamaram que estão sendo vítimas de bullying.
Sabemos que as piadas fazem sucesso na publicidade, mas desta vez não deu pra rir.
Bullying sofremos nós, seres humanos comuns, ao sermos ameaçados de ficar invisíveis se não comprarmos o carro da marca que vocês anunciam.
Bullying é ser mãe e ter que engolir muda o desaforo de ser chamada de Coca-Cola em rede nacional, como se esse fosse o mais supremo dos elogios.
Bullying é sermos obrigados a ter axilas claras e hidratadas, cabelos sempre lisos e sedosos e um corpo que não exala odor por 48 horas.
Bullying é sermos convencidos de que só podemos sair às ruas com proteção. Solar, antibactericida e contra insetos.
Bullying é ter que consumir bebida alcoólica para ser da turma, pegar mulheres e curtir a balada.
Bullying é aprendermos desde criança que só beija quem tem dentes brancos, brilhantes e hálito american fresh power plus.
Bullying é ter que engolir comida de isopor para ganhar um brinquedinho.
Bullying é sermos obrigados a fingir que acreditamos que os bancos são nossos melhores amigos.
Bullying é nos barrarem no treino se não estivermos barbeados com três lâminas que fazem tcha tcha tchum.
Bullying foi ter aguentado, durante décadas, grandalhões dizendo que inalar fumaça e soprá-la na cara dos outros era uma decisão inteligente.
Bullying é rirem da lancheira dos nossos filhos porque nela não entra bolacha recheada, refrigerante, pseudosuco ou salgadinho de milho trânsgênico.
Bullying é ficar gordinho, ter pressão alta, colesterol e pré-diabetes porque ninguém conta pra nossa mãe que aquilo que ela vê na TV pode ser prático, mas também pode fazer mal.
Bullying é nos passarem a cola errada e nos fazerem confundir azeite de oliva com maionese industrializada.
Para terminar, bullying é sacanear os pares. E nunca fomos pares para os senhores.
Portanto, façam um favor a si próprios: não saiam por aí chamando a tia e vertendo lágrimas de crocodilo porque ninguém acredita na sua choradeira.
Argumentem, defendam seus interesses, mas poupem-se do ridículo.
*Post publicado originalmente no Ombudsmãe

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não à Publicidade Infantil - é preciso força para aprovar


Audiência pública: publicidade infantil

A Câmara dos Deputados vai debater no dia 3 de julho, em uma audiência pública, o projeto de lei 5921/01, que proíbe publicidade destinada à venda de produtos infantis. O projeto, do deputado licenciado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), foi aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, mas acabou rejeitado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico. Antes de passar pela Comissão de Ciência e Tecnologia, a proposta será debatida em audiência pública.

A ideia é reunir fabricantes de produtos infantis, dirigentes de emissoras de televisão e entidades preocupadas com a relação entre consumo e infância. O Instituto Alana, ONG que organiza campanhas contra publicidade dirigida a crianças, vai participar do debate. Um dos pontos que será discutido na ocasião é o de liberdade de expressão, uma vez que emissoras de rádio e TV defendem que a proibição total de anúncios para crianças viola esse princípio. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) devem participar da audiência.

terça-feira, 9 de agosto de 2011